A ginástica aeróbica expandiu-se na
década de 1980, beneficiada pela popularidade obtida na década anterior pelo
conceito de “exercício aeróbico”, difundido pelo médico norte-americano Kenneth
Cooper (criador do que ficou conhecido como “Método Cooper”). As esteiras
rolantes e bicicletas ergométricas logo chegaram como alternativas para a
exercitação aeróbica.
A ginástica localizada, em obediência
a princípios biomecânicos, fisiológicos e anatômicos, busca isolar os
grupamentos musculares que se deseja atingir, e atender a diferentes
finalidades: emagrecimento, delineamento ou hipertrofia muscular, resistência
muscular etc., e com isso promete atender aos interesses estéticos dos
praticantes. Seus exercícios podem valer-se do peso do próprio corpo ou utilizar
pequenos pesos (halteres, caneleiras, etc.) como sobrecarga. Por isso, às vezes
ela é confundida com aquela prática ginástica batizada de “musculação”, embora
esta se caracterize mais pelo uso de máquinas sofisticadas, de alta eficiência
no isolamento dos músculos e na graduação da carga.
Tanto a ginástica aeróbica como a
ginástica localizada experimentaram variações e ramificações, muitas vezes
atendendo a “modismos”: cardio-funk, power yoga, step,
aeroboxe etc. Nos últimos anos, cresceram em larga escala os programas
padronizados de ginástica, concebidos e comercializados por empresas
especializadas, com forte apoio de estratégias de marketing,
como o sistema “body”
(body systems): body
pump, bodystep etc.
A desvantagem desses programas é que, ao padronizar os exercícios e sua
progressão, perdem de vista a heterogeneidade dos usuários e a individualidade
das pessoas.
Outra tendência são as chamadas
ginásticas “alternativas”, como a ginástica natural (que se baseia nos
movimentos dos animais) e o Método Pilates, criado nas primeiras décadas do
século XX, que centra sua preocupação na postura e no fortalecimento muscular
conjugado à flexibilidade, com utilização de equipamentos especialmente
concebidos para esses fins.
De modo geral, todas as modalidades de
ginástica que se valem de exercícios contra resistência, como a musculação e a
ginástica localizada, acompanharam a evolução dos métodos de treinamento, em
especial aqueles relacionados às alterações sobre a estrutura
músculo-articular, e são regidas pelos princípios mais gerais do treinamento
físico-esportivo e por princípios específicos, entre os quais: a)
Princípio da estruturação das séries de exercícios e b) Princípio da sobrecarga.
Na realização da ginástica aeróbica, é
importante atentar para os seguintes parâmetros: frequência (três a cinco vezes
por semana); intensidade (de 60% a 85% da Frequência Cardíaca Máxima,
respectivamente, para sedentários e treinados); e duração (de 20 a 60 minutos
por sessão). Além disso, é preciso cautela com os chamados “exercícios de alto
impacto”, aqueles em que os dois pés saem do solo simultaneamente, pois podem
ocasionar lesões nos tornozelos e joelhos.